Cuidar na Saúde 2030: A Chegada da Transformação

por: Itas Co''Working

De um modo geral, o cuidar da saúde é frequentemente caracterizado como de qualidade questionável, baixa segurança e altos custos. Embora mudanças ocorram devagar, a pandemia da Covid-19 demonstrou que é possível uma rápida evolução quando motivada por um forte estímulo. Quais melhorias tecnológicas habilitarão nossos sistemas com auto aprendizado que resulte na melhora dos resultados terapêuticos?

Mudanças na área da saúde

A próxima década verá grandes transformações nas configurações dos sistemas de saúde, impulsionadas pela era digital, que resultarão em formato diferente no cuidar, considerando, sempre, os interesses dos pacientes. Novas adequações se impõem diante do estado da pandemia de Covid-19. 

Além de problemas na qualidade, na segurança e nos custos, devemos acrescentar o foco mal colocado no cuidado agudo dos pacientes, em detrimento da prevenção e da saúde populacional e da centralização inadequada do paciente e, de novo, os custos insustentáveis. 

A pandemia da Covid-19 criou necessidades diversas e acelerou significativas transformações. Percebeu-se a necessidade de transformar sistemas com cuidados primários baseados em hospitais para sistemas voltados para o cuidar de comunidades, uma postura mais social. Também afloraram necessárias mudanças nos sistemas de pagamentos para termos uma saúde sustentável, mudanças nos papéis dos provedores e no reconhecimento da entrada de “players” não tradicionais no sistema.

Desafios enfrentados na saúde

Desafios e barreiras do atual desenho da assistência da saúde são semelhantes para a maioria dos sistemas ao redor do mundo. Apesar de existirem consideráveis variações, constata-se que a maioria dos países sofre com problemas e desafios semelhantes.  

A busca por segurança e qualidade no atendimento dos pacientes tem sido constante e incansável desde o início da implantação de medidas estruturadas na saúde. Prevenir danos é comum para pacientes internados, apesar  da prática clínica frequentemente não ser baseada em evidência.  Falhas no sistema de saúde têm sido muito estudadas, possibilitando várias intervenções com melhorias efetivas quando implementadas em pequena escala. Infelizmente, progressos em grande escala têm sido mínimos. 

Sistemas de saúde modernos frequentemente falham em prover cuidados focados nas necessidades e expectativas dos pacientes e familiares. A maioria dos provedores não conseguem avaliar – de modo consistente – resultados que sejam relevantes aos pacientes e familiares, bem como não conseguem focar na melhora da qualidade de vida. Além disso, não conseguem envolver, nem prover empatia no cuidar dos pacientes e suas famílias.    

Acesso equitativo à saúde (tipo nosso sistema SUS) raramente é alcançado mesmo em países que propõem a cobertura universal da saúde. A pandemia Covid-19 colocou foco e escancarou falhas na acessibilidade e equidade do sistema. 

Finalmente a sustentabilidade econômica é difícil de se encontrar, também em países desenvolvidos. Os gastos com a saúde devem aumentar ainda mais com novas técnicas e terapias. Mudanças passarão por grandes redesenhos que provocarão quebras de paradigmas. Nos preparemos para os próximos decênios. 

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