A Dança dos Porcos-espinhos: O Rápido Desenvolvimento das Vacinas Covid-19 ao redor do Mundo.
A indústria farmacêutica se uniu sob extraordinária circunstância para desenvolver a vacina para Covid-19. Biotecnologia e inteligência artificial desempenharam um papel fundamental nestes acontecimentos.
A maioria das questões levantadas nesta série foram descritas no livro publicado em junho de 2020, Biotechnology in the Time of Covid-19: Commentaries from the Front Line (Levin JM, ed. Biotechnology in the Time of COVID-19: Commentaries from the Front Line. New York: RosettaBooks, 2020. https://www.rosettabooks.com/rosetta-print/biotechnology).
Desde dezembro de 2020, vários países asiáticos tiveram sua rotina turística completamente alterada pela ausência de turistas chineses. A preocupação com o contato interpessoal era facilmente notável. Paralelamente, nos EUA era aparente que o CDC (U.S. Centers for Disease Control and Prevention) e a estrutura política não haviam tomado consciência – ou estavam ignorando – do que estava claramente vindo. E era evidente em todos seus modos: desorganização, politização do tema, todo tipo de coisas que podíamos sentir que eram problemáticas, porque representavam o grau de despreparo que teria consequências catastróficas no enfrentamento desta nova doença.
Pesquisas sobre a vacina da Covid-19
No início de fevereiro de 2020 a comunidade de biotecnologia que tinha interesse na Covid-19, constituiu um grande bloco para seu estudo e formulação de políticas de combate a esta nova doença. Na época existiam somente 40 companhias, entre elas Moderna, Pfizer, Merck entre outras. Apenas para recordar, até o fim de 2019, 50% de todo investimento em pesquisa estava voltado para oncologia. Não havia nenhum projeto para o Covid-19. Em 10 meses foram implementados mais de 800 projetos, entre eles a primeira vacina lançada no mercado e já em uso em países como Inglaterra, EUA, Israel e outros.
Falácias durante a pandemia
A politização da pandemia aconteceu de modo paralelo aos alarmantes números produzidos pela Covid-19. Como seria natural, algumas falácias começaram a surgir já em março de 2020. Destaque para a “eficácia” hidroxicloroquina no combate da doença, exemplo de como a politização havia entrado em um terreno que deveria ser absolutamente ciência e medicina. O que realmente importa como pacientes, ciência, medicina e o rigor científico foram tratados em segundo plano.
Foram 10 meses (fevereiro a dezembro de 2020) de uma autêntica dança de porcos-espinhos, onde todos antagônicos se acomodaram o suficiente para trabalharem juntos. Um dos ganhos mais relevantes, além dos benefícios aos pacientes, foi a imersão do novo mundo da biotecnologia com a medicina. Com o início da pandemia, na velocidade da luz basicamente, o cuidar da saúde se transformou radicalmente. Desde desenvolvimento de drogas até vacinas e outros algoritmos que foram importantes e de muita valia. A Biotecnologia e a Inteligência Artificial vieram para agregar benefícios ao cuidar médico. Vivi para ver.
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